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ROOX
Em Portugal, a adoção de sistemas de informação no setor iniciou-se em finais da década de 80. Na altura os incrementos de produtividade proporcionados por um processamento de texto em substituição de uma maquina de escrever, o acesso a legislação em forma eletrónica em substituição do papel, a introdução de softwares de gestão, ou mais tarde a substituição de um fax por um sistema de correio eletrónico, entre muitos outros, provocaram enormes incrementos de produtividade e independência dos advogados.
Não é, no entanto, necessário recuar muito tempo, para percebermos como os sistemas de informação fazem parte do nosso dia-a-dia. Se esta pandemia de 2020/2021 tivesse acontecido em 2001, tudo teria parado, porque nem existiam as plataformas de software que existem hoje, e muito menos as comunicações que nos permitiram estabelecer ligações de banda larga dos nossos domicílios.
Em 2001, como é que o setor da advocacia se teria adaptado, sem os meios tecnológicos que possui hoje?
No entanto, o desafio dos sistemas de informação nas sociedades de advogados, ou seja, a muito falada Advocacia 4.0, estão hoje num patamar completamente diferente. A inovação não se discute apenas no contexto da melhor produtividade, ou no acesso e partilha de informação, mas também na transformação ou na melhor adequação dos serviços para um mercado com necessidades de maior proximidade, integração e serviço ao cliente.
Apesar destes desafios, deteta-se a existência de um setor a diferentes ritmos, quer seja pelas diferentes sensibilidades dos advogados em relação ao que podem fazer com a tecnologia, como também pelo custo de aquisição e exploração dos sistemas de informação implicam. Desta forma, consideramos que o Observatório ROOX, é uma ferramenta importantíssima, para não só compreender a atualidade, mas também perspetivar o futuro.